SEM SUSPEITAS
Fagundes diz que PL quer auditoria privada para fiscalizar eleições
O presidente do PL em Mato Grosso e senador, Wellington Fagundes, afirmou que o presidente da Executiva Nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, se posicionou em reunião no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tem pretensões de contratar uma empresa de auditoria para “garantir eleições livres de qualquer suspeita e de interesse externo”, para o pleito de outubro deste ano.
Segundo Fagundes, “fazer uma fiscalização é dever de todos os partidos”, sendo assim, quer investe uma porcentagem do fundo partidário para uma “fiscalização independente”.
“Fazer a fiscalização é direito de todos os partidos. Nosso partido já se posicionou para investir parte do Fundo Partidário para ter uma fiscalização independente, inclusive esse assunto vem sendo tratado pelo próprio presidente Bolsonaro. Uma contratação de empresa de caráter nacional e internacional para fazer isso. O presidente tem direito de buscar que as eleições sejam as mais cristalinas possível e por isso o nosso posicionamento pela fiscalização”, declarou o senador.
O “movimento” que tenta por em xeque a segurança das urnas eletrônicas, é alimentado pelo presidente da República Jair Bolsonaro (PL), que realiza afirmações, porém, não apresenta provas para embasar seus argumentos.
No último 14 de abril de 2021, o presidente pontuou que as urnas não são invioláveis, mas sim, penetráveis, a fala foi realizada sem apresentar qualquer prova.
“A urna não é inviolável, é penetrável, sim. Mas não vou falar disso, as Forças Armadas estão tomando conta disso”, disse ele.
POLÍTICA
Mauro anuncia uso de inteligência artificial para evitar desmatamento químico em MT
O governador Mauro Mendes anunciou, nesta quinta-feira (18.04), que Mato Grosso vai passar a usar inteligência artifical para evitar que ocorra casos de desmatamento químico, como o detectado na Operação Cordilheira, deflagrada pela Polícia Civil neste mês de abril.
“Nossos sistemas não estavam configurados para a detecção de casos de desmatamento químico, como ocorreu, mas já tomamos as providências e eles estarão preparados em breve, usando de inteligência inicial para detecção de qualquer alteração no bioma, não só na forma histórica e tradicional, de desmatamento com máquinas, mas também nesses casos de desmatamento químico”, afirmou.
A fala ocorreu durante evento de assinatura de um termo de cooperação para proteção do Pantanal, firmado com o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Governo de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande (MS).
O governador destacou que Mato Grosso tem feito investimentos robustos para combater crimes ambientais, como o uso de satélites para monitoramento em tempo real, e tem trabalhado de forma integrada com o Governo de Mato Grosso do Sul para a preservação do Pantanal, como no combate aos incêndios florestais.
Mauro ponderou que, no entanto, os esforços precisam ser somados à leis mais duras, reiterando a defesa pelo perdimento da terra em casos de crimes ambientais como o desmatamento ilegal.
“Não é possível imaginar que nós possamos continuar convivendo com velhos problemas. Mato Grosso investe, todos os anos, mais de R$ 70 milhões para combater desmatamento e queimadas ilegais, e todos os anos tem pessoas que insistem em teimar e continuar praticando esse crime. Isso significa que os instrumentos legais que são tomados não são suficientes para mudar a cultura de uma sociedade. Precisamos deixar de conviver naturalmente com velhos problemas e trazer medidas novas, disruptivas, que às vezes assustam, mas são necessárias para romper com esse velho paradigma”, apontou.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também criticou a confiança na impunidade daqueles que cometem crimes ambientais e afirmou que a parceria firmada entre os Governos de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Governo Federal, aliada ao uso de tecnologias, é um importante passo para o combate à criminalidade.
“O Governo Federal, junto com os dois estados, dizendo que vamos atuar conjuntamente, está avisando uma coisa para os que cometem ilegalidade: de que não adianta e que não terão para onde ir. Isso diminui a expectativa de impunidade. A gente unir esforços para trabalhar, utilizando mecanismos de inteligência, é importante para que os criminosos saibam que eles estão sendo investigados para além da superíficie, com um olhar por dentro, para pegar a criminalidade”, afirmou.
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, afirmou que a assinatura da cooperação entre os Estados é um gesto de comprometimento dos Estado para a preservação do bioma.
“Ao estreitarmos nossas ações em conjunto, e aqui validado pelo Ministério do Meio Ambiente, nós envolvemos todas as instituições, porque o Estado sozinho não consegue enfrentar esse desafio. Essa é uma tarefa de todos nós, para que a gente consiga criar uma cultura de proteção permanente de preservação do Pantanal, preservando o bioma e as atividades que lá estão”, afirmou.
Cooperação pelo Pantanal
O termo de cooperação para proteção do Pantanal foi assinado em parceria com o Governo Federal e o Governo de Mato Grosso do Sul durante o Seminário sobre as Causas e Consequências do Desmatamento no Pantanal, realizado em Campo Grande, pelo Ministério do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas.
O documento aponta o comprometimento dos estados para unificar e compatilizar as leis sobre o uso dos recursos naturais do Pantanal, e indica a elaboração de um Plano Integrado de Prevenção, Preparação, Resposta e Responsabilização a Incêndios Florestais.
Estiveram no evento, na comitiva de Mato Grosso, os secretários de Estado César Roveri (Segurança) e Mauren Lazzaretti (Meio Ambiente); o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel BM Alessandro Borges, e o promotor de Justiça Marcelo Vacchiano, do Ministério Público de Mato Grosso.
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