CUIABÁ

"COISAS NORMAIS DA POLÍTICA"

Lula: “Não acho que temos problema no Congresso”

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou a crise entre o governo e o Congresso. Em café da manhã com jornalistas, nesta terça-feira, no Palácio do Planalto, ele afirmou que não há problemas de articulação política com o Parlamento e que qualquer divergência poderá ser superada.

“Sinceramente, não acho que a gente tenha problema no Congresso. Temos situações que são coisas normais da política. Temos 513 deputados, o meu partido só tem 70. Temos 81 senadores, o meu partido só tem nove. Se somarmos os nossos aliados ideológicos, vamos para 12 ou 13 e, assim, não chegamos a sequer 140 deputados”, disse.

Ele citou como exemplo de boa relação com o Congresso a aprovação da PEC da Transição, promulgada em dezembro de 2022, que permitiu ao governo aumentar em R$ 145 bilhões o teto de gastos no Orçamento de 2023 para bancar despesas como o Bolsa Família, o auxílio-gás e a Farmácia Popular.

Lula ressaltou que está em uma “situação de muita tranquilidade na relação com o Congresso Nacional”. “Não tem nenhuma divergência que não possa ser superada. Se não tivesse divergência, não haveria necessidade de a gente dizer que são Três Poderes distintos e autônomos.”

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O petista afirmou que teve uma “conversa” com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que está às turras com o Planalto, mas se esquivou ao ser perguntado sobre o teor do encontro. “Eu tive uma conversa com o Lira, é diferente de uma reunião. Como é uma conversa entre dois seres humanos, eu não sou obrigado a dizer a conversa”, frisou.

No café da manhã, Lula negou que esteja pensando em reforma ministerial. A resposta ocorre duas semanas após Lira chamar o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de “incompetente” e “desafeto pessoal”.

“O time está jogando, e está jogando do jeito que eu acho que deve jogar. Portanto, não existe nenhuma previsão de reforma ministerial na minha cabeça, neste instante”, declarou.

Reforma tributária

Lula também informou que os textos finais que tratam da regulamentação da reforma tributária estão fechados e devem ser enviados ao Congresso ainda nesta semana. Afirmou que gostaria que os relatores dos projetos de lei fossem os mesmos que trabalharam na análise da proposta de emenda à Constituição (PEC): o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), na Câmara, e Eduardo Braga (MDB-AM), no Senado. “Vamos levar uma proposta que está de acordo com o governo. Obviamente, sabemos que, quando chegar à Câmara, pode ser mudada”, destacou.

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No Senado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu continuar com Braga na relatoria. Na Câmara, Lira ainda não definiu se manterá Agnaldo Ribeiro. Lula disse que irá respeitar a prerrogativa do parlamentar.

“Longe de mim querer indicar um relator para cuidar da política tributária. É o papel do presidente da Câmara, dos deputados. Eu só queria que as pessoas levassem em conta isso: quem já foi relator da reforma tributária está muito familiarizado, já fez negociação, já conversou com partidos e poderia facilitar a tramitação”, argumentou.

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POLÍTICA

Júlio detona andamento das obras do BRT em Várzea Grande: “Faz de manhã e quebra de tarde”

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O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil), cacique político da segunda maior cidade do Estado, Várzea Grande, entoou coro às críticas sobre o andamento das obras do Bus Rapid Transit, o BRT, que acontecem na cidade há mais de um ano. Conforme o parlamentar, as obras realizadas ao longo da Avenida da Feb, principal via da cidade, “não avançam” e causam um transtorno gigantesco aos munícipes.

Em entrevista à imprensa, Júlio lembrou que, assim como a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ainda em 2014, que sequer foi concluída, o anúncio das obras do BRT causou euforia, mas prejudicam o tráfego e os comerciantes que estão localizados ao longo da via.

“Anunciaram o VLT, houve uma grande euforia, mas um fracasso total. Quebraram Várzea Grande em peso, destruíram tudo, faliram empresas e comércio. Mas, Várzea Grande sobreviveu. Agora, tem o BRT, quebraram novamente tudo e não sai a obra. Não vai para frente, nem para trás. Tudo que faz de manhã quebra de tarde, a cidade tem sofrido muito com essas obras que beneficiarão Cuiabá, mas repercute é no “lombo” dos várzea-grandenses”, disse Júlio.

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As obras do BRT iniciaram em abril do ano passado, pelo trecho correspondente à cidade de Várzea Grande. A previsão de entrega seria de nove meses, findando em janeiro de 2024. No entanto, o prazo acabou postergando para o mês de maio e, por fim, até meados de agosto.

Em Cuiabá, a construção do modal iniciou em janeiro deste ano e já foi alvo de diversas “judicializações” provocadas pela Prefeitura de Cuiabá, defensora do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

CRÍTICAS NA EXECUÇÃO DAS OBRAS

No mês de abril, o próprio governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), já havia criticado o ritmo de andamento das obras do BRT em Cuiabá e Várzea Grande. Em entrevista à imprensa, Mauro disse que os prazos determinados ainda durante a licitação do projeto não estão sendo integralmente cumpridos pelas empreiteiras e chegou a citar a possibilidade de uma futura rescisão contratual.

O governador disse que o Estado vem “apertando” as empresas para se atentarem ao cronograma. Além disso, não descartou a rescisão contratual de contrato com as empreiteiras.

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“Nós estamos apertando as empresas para que cumpram o contrato e entregam dentro do cronograma pactuado. O contorno norte também não está me agradando. É um contrato que já disse para a secretaria apertar o pé ali. […] Se a pena for rescisão, nós vamos rescindir, como já fizemos com vários empreiteiros que não cumpriram com o prazo ou com a qualidade”, declarou.

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