O advogado Miguel Zaim, de Cuiabá, afirma estar sendo vítima de fake news espalhadas por desafetos que teriam se unido contra ele, com o objetivo de macular sua reputação junto à advocacia cuiabana. Para isso, estão usando um vídeo apócrifo e manipulado para imputar crimes que não cometeu.
O vídeo em questão foi publicado nas redes sociais de um sindicato de corretores que não tem Carta Sindical para existir junto ao Ministério do Trabalho, ou seja, é uma “entidade fantasma”.
Para tentar sujar a reputação do advogado, as informações contidas no vídeo foram “ressuscitadas” e editadas, de forma a parecer que são atuais. Além disso, nenhuma fonte é citada.
Tudo começou quando Zaim era presidente da Comissão de Direito Condominial da OAB-MT, a segunda criada no Brasil. Com o crescimento exponencial das comissões a nível nacional, chegou-se à constatação de que muitas empresas, principalmente administradoras de condomínio, estavam fazendo captação ilícita e ofertando serviços privativos ao advogado.
Várias denúncias por parte de advogados e síndicos foram apresentadas junto à OAB e à Comissão de Direito Condominial. Essas queixas passaram por processo investigativo e, ao final, verificou-se a veracidade e existência de provas, que após deliberação pelo conselho da seccional, foi autorizado o ingresso de Ação Civil Pública. A OAB-MT ingressou com Ação contra 19 empresas, sendo protocolada na 1ª Vara Federal Cível e Agrária da Secção Judiciaria do Mato Grosso, sob nº. 1030190-90.2021.4.01.3600, cuja liminar deferiu o pedido da OAB/MT, no sentido de que as empresas demandas não ofertassem os serviços privativos da advocacia.
Uma das empresas citadas no vídeo apócrifo, inclusive já foi condenada, em 2022, a pagar uma indenização que já chega a quase R$ 3 milhões.
Também em 2022, quando a notícia falsa foi veiculada, sites de Cuiabá foram obrigados judicialmente a apagar as matérias sobre o caso, após comprovação de que se tratava de fake news.
O conluio teria sido armado por cinco pessoas que têm atritos com Miguel Zaim no âmbito judicial: um influencer, réu por extorsão contra Zaim; dois irmãos advogados, que também atuam no ramo condominial; um corretor e presidente do sindicato citado anteriormente; e um segundo corretor do interior do Estado.
Em vídeo divulgado nesta quinta-feira (3), Miguel Zaim explica a situação. “Isso foi em 2022, agora novamente volta à tona. Isso porque? Recentemente tive um problema com o C.D., um desafeto gratuito que apareceu aí. Eu nem conheço esse cidadão, nunca fiz negócio com ele, não conheço ele, tanto é que ele está sendo processado por extorsão. (...) O M., não contente, foi atrás do C.D., tentando se associar com ele para fazer essa mácula à minha imagem.”
Zaim convoca os “desafetos” para que resolvam os problemas com ele na Justiça, que é o foro competente, e apresenta em vídeo as certidões negativas em seu nome.
“Nós temos que resolver o problema na justiça, é o foro competente. (...) Inclusive ele faz acusações de extorsão, isso e aquilo, e eu já ganhei um processo. Uma das empresas já me deve quase R$ 3 milhões. Onde que existe extorsão? Qual é o processo que eu respondi ou respondo ou fui condenado por extorsão? Nenhum. Qual é a ação cível que eu respondi, que fui condenado? Nenhuma. Não tenho processo de nenhuma empresa contra mim.”
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