Cacá Diegues, expoente diretor do cinema brasileiro, morreu aos 84 anos de idade na madrugada desta sexta-feira (14), no Rio de Janeiro. Ele não resistiu a complicações em uma cirurgia. O velório será realizado no sábado (15) a partir das 9h, na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Centro do Rio de Janeiro. Na sequência, o corpo será cremado no Cemitério do Caju, na zona portuária da cidade.
O cineasta, registrado como Carlos José Fontes Diegues, foi um dos fundadores do Cinema Novo ao lado de Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo Cesar Saraceni e Joaquim Pedro de Andrade. Em sua extensa trajetória profissional, Cacá Diegues foi diretor de Xica da Silva (1976), Bye Bye Brasil (1979) e Deus É Brasileiro (2003), entre outros grandes sucessos do cinema nacional. Desde 2018, ele era ocupante da cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Entre 1969 e 1972, quando o país estava sob o Regime Militar, o diretor chegou a viver exilado na Europa, morando na França e na Itália, com a cantora Nara Leão, com quem foi casado e teve dois filhos, Isabel e Francisco.
Desde 1981, o cineasta era casado com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães, com quem teve Flora Diegues, filha que morreu aos 34 anos de idade em decorrência de um câncer no cérebro. Cacá relatava que a perda da filha foi sua "dor mais profunda".
Homenageado no Carnaval
Cacá Diegues foi enredo da escola de samba Inocentes de Belford Roxo, no Carnaval do Rio de Janeiro, em 2016. Ele desfilou no último carro, se emocionou, e definiu a apresentação da escola como um “grande encontro familiar” e "um prazer inenarrável".