CUIABÁ

PARA 5 PESSOAS

Captação de órgãos em MT possibilita chance de vida

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A Central Estadual de Transplantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) realizou, nesta quinta-feira (17), o processo de captação de órgãos em Mato Grosso. A ação foi a primeira efetivada neste ano por meio da equipe da Coordenadoria da Central Estadual de Transplantes.

Uma família tomou a decisão de doar o fígado, dois rins e as córneas do ente falecido, ato que proporcionará a chance de vida a cinco pacientes de diversos estados brasileiros.

O processo para retirada e doação de órgãos iniciou na última terça-feira (15.02), quando a equipe médica do Hospital Geral, em Cuiabá, notificou a Central Estadual de Transplantes sobre um possível doador que estava em morte encefálica.

A partir de então, a equipe da Central esteve envolvida na realização de todos os exames estabelecidos pelo protocolo do diagnóstico de morte encefálica, condição primária para doação de órgãos. A morte encefálica foi confirmada e a família, em um gesto nobre, autorizou a doação dos órgãos.

Após a autorização, a Central Nacional de Transplantes (CNT) foi acionada e disponibilizou os órgãos nacionalmente. Foram identificados receptores compatíveis e houve disponibilidade da equipe nacional para realizar o procedimento de retirada dos órgãos; a Força Aérea Brasileira (FAB) também foi acionada para o apoio logístico.

O secretário Estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, enfatiza a importância do serviço realizado pelas equipes do Estado e reforça que, sem a conscientização da família do ente falecido, seria impossível proporcionar chance de vida a outra pessoa.

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“É imprescindível a conscientização da população na hora de tomar a decisão pela doação de órgãos. Para darmos continuidade a esse serviço e ofertarmos uma chance de vida a quem espera por um órgão, contamos com a solidariedade dos familiares. Fica o nosso apelo para que, ainda em vida, as pessoas conversem sobre este assunto com amigos e familiares, sinalizando o interesse em ser um doador”, destaca o secretário.

De acordo com a superintendente de Regulação em Saúde da SES, Dúbia Beatriz Oliveira, os pacientes que receberão os órgãos estão cadastrados na fila no Sistema Nacional de Transplante, à espera de um transplante. “À família doadora, nossos mais profundos sentimentos de gratidão e respeito. Através desse gesto nobre, cinco pessoas terão nova condição de vida e, juntamente com seus familiares, deixarão de sofrer a partir desta doação”, disse.

De 2019 a fevereiro de 2022, a Central Estadual realizou sete processos de captação de múltiplos órgãos semelhantes a este no Estado. Neste mesmo período, foram realizados 327 processos de captações de tecidos oculares (córneas) em Mato Grosso. Com relação ao transplante de córneas, o estado alcançou o total de 508 transplantes nos últimos três anos.

A SES tem investido na reestruturação da Central Estadual de Transplantes, com ampliação da equipe, implantação da Comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos para transplante e capacitação dos profissionais médicos dos hospitais públicos e privados do estado. Essas ações visam à ampliação do número de captações de órgãos nos próximos meses.

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A coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Daniely Beatrice, pontua que, por meio da captação dos órgãos, Mato Grosso contribui para a redução da fila nacional de espera para transplantes. “Por isso, é muito importante a população entender que somente a doação de órgãos faz a fila andar. Desta forma, mais pessoas poderão receber o tão esperando transplante”, acrescenta.

Daniely ainda parabenizou a equipe do Hospital Geral, que conduziu o processo de doação e da retirada de órgãos junto à Central Estadual. “Isso demonstra claramente a importância de um hospital ter uma Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) atuante, atualizada e eficiente”, concluiu.

Atualmente, os pacientes de Mato Grosso que precisam de transplante de rim e outros órgãos como fígado, pâncreas e coração são transplantados em outros estados, por meio do serviço de Tratamento Fora Domicílio do Sistema Único de Saúde (SUS). Para os pacientes de Mato Grosso, os gastos com locomoção e a ajuda de custo para estadia e alimentação do paciente são pagos pela SES-MT.

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COTIDIANO

Cada vez mais jovens terão câncer colorretal e cientistas tentam entender o motivo

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Um relatório divulgado pela Sociedade Americana do Câncer em janeiro indica um rápido aumento na incidência de câncer colorretal entre pessoas na faixa dos 20, 30 e 40 anos, ao passo que tem havido uma diminuição entre aquelas com mais de 65 anos.

“Infelizmente, estamos vendo esse problema crescer a cada ano”, disse o dr. Michael Cecchini, codiretor do programa colorretal do Centro de Câncer Gastrointestinal e oncologista médico do Centro de Câncer de Yale. Ele observou que os casos desse tipo de câncer precoce têm aumentado cerca de 2% ao ano desde meados da década de 1990. Esse aumento fez com que o câncer colorretal se tornasse a principal causa de morte por câncer em homens com menos de 50 anos e a segunda principal causa de morte por câncer em mulheres com menos de 50 anos nos Estados Unidos.

Na verdade, os especialistas estão observando um aumento dos casos de câncer colorretal de início precoce no mundo todo – tendência que estão tentando explicar.

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Por que o câncer colorretal está aumentando entre os jovens?

O câncer colorretal, que engloba tanto o câncer de cólon quanto o de reto, apresenta diversas semelhanças e é frequentemente agrupado em uma única categoria. No entanto, estudos indicam que o aumento nos diagnósticos é impulsionado principalmente pelos casos de câncer de reto e daqueles localizados no lado esquerdo ou distal do cólon, próximo ao reto. “Isso pode fornecer uma pista importante para compreender o que está acontecendo”, destacou Caitlin Murphy, professora associada e pesquisadora de câncer da Universidade UTHealth, em Houston.

Os tumores colorretais em pessoas mais jovens também tendem a ser mais agressivos e são geralmente detectados em um estágio mais avançado, explicou Murphy. Mas a maioria dos afetados pelo câncer colorretal precoce é jovem demais para receber a recomendação de fazer exames preventivos regulares, que têm ajudado a diminuir a incidência em adultos com mais de 50 anos. Em 2021, a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA reduziu em apenas cinco anos a idade recomendada para iniciar o exame de câncer colorretal – de 50 para 45 anos.

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