Dado Dolabella, de 44 anos de idade, falou abertamente sobre um dos vários momentos polêmicos de sua vida. Em 2018, o ator ficou preso por dois meses pelo não pagamento da pensão de alimentícia de um dos filhos, em uma dívida que, à época, chegou ao montante de R$ 196 mil.
Em entrevista à coluna Veja Gente, de Valmir Moratelli, o cantor acusou que, atualmente, a voz da mulher pesa mais que a do homem em questões sociais e de Justiça. "Na vez que, lá atrás, fui preso por causa da pensão... Temos um problema no Brasil que é quando o homem entra com um pedido revisional, existe uma morosidade na Justiça que esse processo demora anos, que é o meu caso", declarou.
"E existe uma outra vara, que é a execução, que vai mais rápido. Quando a mulher entra com um pedido de execução por não estar recebendo a quantia que ela quer receber, ou que foi estipulada, a execução para prender a pessoa vai mais rápida do que a revisional dos alimentos. É injusto isso, porque mesmo eu comprovando tudo, abrindo todas as minhas contas, mostrando que não entrou aquele dinheiro, como vai sair? E, mesmo assim, acarretou na minha prisão", completou.
O cantor disse ser movido por justiça. "Preferi ficar dois meses preso do que pagar um valor que não era devido. Se eu devesse aquele valor, pagaria. Agora, um dinheiro que não entrou, um dinheiro que não recebi, como posso pagar uma coisa que não entrou em relação a isso?", questionou.
Dado levantou a necessidade de uma melhor equidade entre os sexos. "Sinto que, como são as mulheres que estão com o controle da televisão, com os cartões de crédito comprando, a mídia e o entretenimento focam mais na mulher. E também uma questão de equalização ainda. Durante séculos, o homem foi... Essa questão do patriarcado, do homem dominar a mulher, dela não ter vida, não votar, é um absurdo. E, hoje, sinto que a balança coloca a mulher acima do homem antes de chegar a uma equidade", avaliou.
Luana Piovani
O ator ainda falou sobre o relacionamento conturbado que teve com Luana Piovani, entre 2006 e 2008, e terminou com o cantor investigado e indicado por lesão grave à camareira Esmeralda de Souza, que tinha 62 anos à época. Ele chegou a ser condenado em 2010 a cumprir uma pena em regime semiaberto e recorreu. Em 2013 o TJRJ votou e anulou a sentença inicial. Em 2024 o processo foi encerrado e arquivado.
"Agradeço e tenho a agradecer por tudo que vivi porque fez quem sou hoje. Tem coisas que me arrependo, que tenho vergonha que fiz, mas se não fosse aquilo talvez não seria quem sou hoje. Tenho gratidão por tudo, pelas dores, pelas quedas, pelos acertos", falou sobre o relacionamento com a atriz.
"Foi uma experiência que vivemos, que precisávamos viver, e, falando por mim, que me fez evoluir e crescer naquele momento. Tenho muita gratidão por tudo que a gente viveu", acrescentou.
Dado ainda comentou sobre Luana trazer o assunto de volta algumas vezes ao longo dos anos. "Como ela não conseguiu o que queria, que era a condenação judicial, ela tenta, até hoje, uma condenação social. Tem quase 20 anos e até hoje ela fica lembrando, remoendo. Tenho uma família, três filhos, não posso viver por causa de um problema pro resto da vida como um criminoso se nem a Justiça me condenou", argumentou.
"Isso que vejo que hoje tem um mundo que está complicado de se viver. Uma situação dessa, onde houve julgamentos, mesmo assim a pessoa por ter um gênero específico a voz dela tem compravação probatória no quesito social. Independente se a justiça não condenou. Hoje, se o gênero feminino fala alguma coisa, é o suficiente. Está complicada essa situação. O cenário genocentrista", concluiu.
