Após o vazamento de um áudio com falas racistas atribuído à modelo Ana Paula Minerato, a Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania de São Paulo abriu um procedimento administrativo na última segunda-feira (25) para investigar o caso e apurar se de fato a ex-musa do Carnaval paulista cometeu racismo contra a cantora Ananda, do grupo Melanina Carioca.
Em comunicado enviado à Quem, a Secretaria informou que o processo foi aberto pela Ouvidoria da Coordenadoria de Políticas para a População Negra (CPPN) e as partes envolvidas serão notificadas para garantir a "apresentação de defesa preliminar".
Esse tipo de procedimento tramita na Secretaria da Justiça e Cidadania e pode gerar de uma advertência a uma multa, que varia do valor de R$ 17.680,00 a R$ 106.080,00 caso seja comprovado que houve de fato racismo. Além disso, a Secretaria se coloca à disposição da vítima para prestar acolhimento e orientações necessárias.
Procurada por Quem, a Secretaria de Segurança Pública informou que até o momento não há nenhuma investigação em andamento pela Polícia Civil.
Entenda o caso
Na madrugada da última segunda-feira (25), foi vazado na internet um áudio atribuído a Ana Paula Minerato, no qual a modelo supostamente conversava com o rapper Kt Gomez e fazia ofensas racistas à cantora Ananda, do grupo Melanina Carioca.
Ana Paula foi destituída do posto que ocupava há anos de musa da Gaviões da Fiel e também foi demitida da Band, onde apresentava um programa de rádio diário.
Ananda se manifestou nas redes sociais, afirmando que irá tomar providências sobre o assunto. "Não tenho medo de você, não. Agora você vai ver o que arrumou. O buraco vai ser mais embaixo. E tu vai quer aguentar. Não foi mulher para falar?", afirmou a cantora, chamada de “neguinha” e “cabelo duro” no áudio que circula na web.