A Polícia Civil concluiu que o investigador Jeovanio Vidal Griebel, envolvido na morte do João Antônio Pinto, de 86 anos, agiu em legítima defesa quando efetuou o disparo de arma de fogo que matou o idoso. O delegado Marlon Conceição Lu, que presidiu o inquérito policial, pediu o arquivamento do caso.
João Pinto morreu após reagir à abordagem policial, em fevereiro deste ano, na região do Contorno Leste, em Cuiabá. O idoso sacou uma arma, então, o policial civil revidou a ação efetuando um disparo de arma de fogo contra ele. Uma equipe do socorro chegou a ser acionada, mas ele morreu ainda no local da ocorrência.
Em depoimento à polícia, Jeovanio afirmou que estava a caminho da delegacia quando recebeu uma ligação de seu primo, informando que havia sido ameaçado por João Pinto.
À polícia, o primo do investigador afirmou que estava no local para buscar um funcionário e, enquanto o esperava, o idoso passou no local em uma caminhonete e parou próximo a eles. João Pinto teria descido do veículo carregando uma arma de fogo na cintura, e acusou o homem de ser ladrão, dizendo que as terras eram suas. Quando o primo de Jeovanio tentou se aproximar, o idoso sacou a arma e ameaçou atirar, dizendo que se os encontrasse ali novamente, "passaria fogo", afirmou o parente do investigador em depoimento.
O funcionário disse não ter ouvido a conversa entre seu patrão e o idoso, mas firmou que ele estava armado e, transtornado, chegou a perguntar se ele era ladrão.
Diante disso, Jeovanio se dirigiu ao local e, conforme seu depoimento à polícia, encontrou-se com outras policiais acionados para ir até as terras. Achando que tanto o investigador quanto os outros agentes fossem grileiros, João Pinto sacou a arma e apontou na direção deles. Para cessar a ameaça, o investigado disparou uma única vez, e percebendo que atingiu o dioso acionou o socorro.