Os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; da Fazenda, Fernando Haddad; e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, realizaram, nesta segunda-feira (28), coletiva de imprensa em São Paulo para lançar o segundo leilão do Eco Invest e o Programa Caminho Verde Brasil.
Na ocasião, o ministro Fávaro destacou que é compromisso do Governo Federal o crescimento de forma sustentável. “Diante de todos esses avanços e de tantas conquistas já em andamento para a nossa agropecuária, não há dúvida: este é o maior legado que estamos construindo. No início, tratávamos essa iniciativa como um simples plano de recuperação de áreas degradadas. Hoje, sabemos que ela tem um papel ainda maior: induzir o desenvolvimento de forma correta e sustentável”, ressaltou.
O Programa Caminho Verde Brasil tem como proposta a recuperação de 40 milhões de hectares de áreas degradadas, em dez anos, para serem utilizados exclusivamente na agricultura sustentável.
“Este é um dia histórico, o primeiro leilão direcionado deste fundo para a recuperação de áreas degradadas. Teremos novos leilões, inclusive mais direcionados à Amazônia Legal, ao bioma amazônico, que também possui muita área degradada. Esse programa será expandido para demonstrarmos ao mundo as boas práticas e, mais do que isso, para mostrarmos como deve ser o crescimento sustentável da agropecuária brasileira”, destacou o ministro Carlos Fávaro.
O Caminho Verde Brasil é um programa de Estado, coordenado pelo Mapa e realizado em parceria com vários ministérios, instituições financeiras e representantes de diferentes segmentos do setor agropecuário e autarquias federais.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evidenciou em sua fala a importância da sustentabilidade e do fortalecimento da recuperação ambiental no setor agropecuário. “Vamos impulsionar, a partir do Eco Invest, o plano de recuperação das pastagens brasileiras. O ministro Fávaro abraçou essa agenda desde o primeiro momento: o primeiro Plano Safra já trouxe ingredientes de transformação ecológica, o segundo avançou ainda mais, e quero crer que o terceiro dará passos ainda mais firmes e generosos na direção certa da sustentabilidade”, ressaltou.
O Eco Invest tem como objetivo mobilizar recursos para recuperar 1 milhão de hectares de terras degradadas no âmbito do Programa Caminho Verde Brasil, nos biomas da Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, pontuou que está sendo implementada uma política ambiental de forma transversal. “O Programa dialoga com as nossas metas de redução de emissão de CO₂ e com o nosso Plano Clima, assim como a meta de desmatamento zero até 2030. Utiliza instrumentos financeiros que possibilitam a recuperação de áreas já utilizadas e degradadas, promovendo a restauração do solo, a manutenção dos sistemas hidrológicos e, ao mesmo tempo, permitindo a realização de uma recuperação duradoura”, afirmou a ministra.
Atualmente, cerca de 280 milhões de hectares no Brasil são usados para a agropecuária, sendo 165 milhões de hectares de pastagens, dos quais 82 milhões estão degradados. A meta do Governo é recuperar até 40 milhões de hectares de pastagens nos próximos dez anos.
Durante a coletiva técnica, o assessor especial do ministro Carlos Fávaro, Carlos Ernesto Augustin, contou a história do Programa e como ele está sendo materializado por meio do leilão da Eco Invest. “Hoje é um dia muito especial. É o dia em que estamos tirando o Programa Caminho Verde Brasil do papel, da ideia, da conjuntura, e transformando em realidade por meio de um leilão que se converterá em financiamento. Criatividade e ousadia foram essenciais, e isso é o que essa parceria conseguiu realizar”, pontuou.
Para as próximas etapas, o Mapa está buscando recursos de investidores internacionais e de países interessados em promover o desenvolvimento sustentável.
Participaram ainda do evento o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron; a embaixadora do Reino Unido no Brasil, Stephanie Al-Qaq; a chefe da representação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, Annette Killmer; e o secretário-executivo do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco.