A defesa da influenciadora Cíntia Chagas, de 41 anos, ex-mulher do deputado estadual Lucas Bove, de 36 anos, deu entrada na Justiça de São Paulo com um pedido de prisão preventiva do ex-marido na última quinta-feira (17). O pedido foi feito após suposto descumprimento de medidas cautelares impostas no processo em que Lucas é acusado de agredir a ex-mulher, em ação de violência doméstica.
Por determinação judicial, o deputado não poderia ter se manifestado direta ou indiretamente sobre o assunto nas redes sociais, algo que, segundo a defesa da influenciadora, foi descumprido por ele. Na semana passada, o Lucas comentou sobre o caso na tribuna da Alesp e nas redes sociais."Jamais encostaria a mão para agredir uma mulher" e "a verdade será restabelecida", foram suas declarações.
Devido às alegações de agressões contra Cíntia, a Justiça impôs uma medida protetiva que proíbe Bove de se aproximar dela ou de se comunicar com seus familiares, além de restringir sua presença em locais que a influenciadora frequenta, sob risco de prisão preventiva.
A defesa da influenciadora alega que uma conversa entre ela e o deputado foi vazada ilegalmente, o que "compromete a vida pessoal, a intimidade e a privacidade" da vítima. O conteúdo foi publicado em um site de notícias. O advogado de Lucas Bove nega que ele tenha qualquer responsabilidade pela divulgação da conversa.
O advogado Daniel Bialski, que defende Lucas Bove, considerou o pedido de prisão "absolutamente incabível" e afirmou que o deputado estadual "não infringiu nenhuma medida protetiva".“Como figura pública, ele só se manifestou dentro da liberdade de expressão e que ‘a verdade aparecerá’. Ele respeita a decisão da Justiça e que por isso não poderia se manifestar em detalhes. O que o deputado aguarda é que a Justiça também decida que a influenciadora fique proibida de se manifestar sobre o caso”, declarou.
Por outro lado, a advogada da influenciadora rebateu o argumento da defesa do parlamentar, afirmando que o deputado desrespeita a Justiça ao não cumprir as determinações impostas pela medida protetiva. "Lucas vem, desde o dia 10 de outubro, descumprido medida protetiva de urgência, de não mencionar fatos do processo, não dar entrevistas, não falar sobre a vida pregressa do casal direta ou indiretamente. Todos esses fatos foram relatados nos autos e estão sendo submetidos ao Ministério Público e ao Poder Judiciário", afirmou em nota Gabriela Mansur, advogada de Cíntia Chagas.
